domingo, 25 de julho de 2010
Fernando Pessoa
"Para criar, destruí-me; tanto me exteriorizei dentro de mim, que dentro de mim não existo senão exteriormente".
quinta-feira, 15 de julho de 2010
Propósito
-Você está rezando?
-Ham?
-Pelo que?
-Pelo que eu acho importante?
-Tipo o que?
-Por que você quer saber?
-Não posso querer te conhecer melhor?
-Para que?
-Queria ser seu amigo?
-Pra que?
-Você tá me perguntando pra que eu quero ser seu amigo?
-Posso?
-Ham?
-Pelo que?
-Pelo que eu acho importante?
-Tipo o que?
-Por que você quer saber?
-Não posso querer te conhecer melhor?
-Para que?
-Queria ser seu amigo?
-Pra que?
-Você tá me perguntando pra que eu quero ser seu amigo?
-Posso?
domingo, 11 de julho de 2010
A Policial Feliz
A policial feliz era feliz. Ela era nova na delegacia, mas era verdadeiramente feliz. Através da sua fala, seu olhar e suas mais variadas expressões...via nela a mais genuína felicidade. Vejo nela a vida.
Estava atendendo uma pessoa, quando a policial feliz olhou, apontou e me disse: "olha lá...tão jovem e bonita! Uma pena."
Eu não entendi, pois na verdade nem vi a pessoa, e perguntei: "quem é a pessoa?"
Ela me respondeu: "Aquela moça..fumando."
Finalizei o atendimento que estava fazendo e me concentrei na policial feliz; disse: "É, triste mesmo. E o pior que amamos algumas pessoas que fumam e não podemos, de fato, fazer nada".
Ela olhou pra mim e disse: "Sim. Perdi meu pai e meu marido para o cigarro." -fez uma pausa, mantendo o mesmo semblante calmo e belo, e falou: "Meu filho é enfermeiro. E fuma, veja só! Diz ele que é só quando sai com os amigos, mas eu não me importo mais. Se ele morrer pelo cigarro, não vou derramar uma lágrima. Digo isso porque já derrubei todas as lágrimas possíveis por causa dessa praga. Se for chorar, chorarei por outras coisas."
A policial feliz expressava uma lucidez, uma calma, um equilíbrio. Na verdade, ela sempre expressa isso. Temo que o tempo dela esteja acabando nesse mundo: pessoas com esse estado de espírito precisam ir a outro lugar. Mas quem sabe? As aparências enganam. A policial feliz pode não ser tão feliz.
Estava atendendo uma pessoa, quando a policial feliz olhou, apontou e me disse: "olha lá...tão jovem e bonita! Uma pena."
Eu não entendi, pois na verdade nem vi a pessoa, e perguntei: "quem é a pessoa?"
Ela me respondeu: "Aquela moça..fumando."
Finalizei o atendimento que estava fazendo e me concentrei na policial feliz; disse: "É, triste mesmo. E o pior que amamos algumas pessoas que fumam e não podemos, de fato, fazer nada".
Ela olhou pra mim e disse: "Sim. Perdi meu pai e meu marido para o cigarro." -fez uma pausa, mantendo o mesmo semblante calmo e belo, e falou: "Meu filho é enfermeiro. E fuma, veja só! Diz ele que é só quando sai com os amigos, mas eu não me importo mais. Se ele morrer pelo cigarro, não vou derramar uma lágrima. Digo isso porque já derrubei todas as lágrimas possíveis por causa dessa praga. Se for chorar, chorarei por outras coisas."
A policial feliz expressava uma lucidez, uma calma, um equilíbrio. Na verdade, ela sempre expressa isso. Temo que o tempo dela esteja acabando nesse mundo: pessoas com esse estado de espírito precisam ir a outro lugar. Mas quem sabe? As aparências enganam. A policial feliz pode não ser tão feliz.
sexta-feira, 2 de julho de 2010
quinta-feira, 1 de julho de 2010
Identidade Caótica
Identidade Caótica
Movida a Energia Eólica
Pouco Pára, Muito Pensa
Superficial, Irracional
Flutua Sobre as Emoções...até o soco do real.
Movida a Energia Eólica
Pouco Pára, Muito Pensa
Superficial, Irracional
Flutua Sobre as Emoções...até o soco do real.
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