sexta-feira, 15 de outubro de 2010

A mulher amargurada



Meu nome é Gaza
Desejo agora
Falar pra ela, sem demora
Que a sua alma foi esfaqueada, pisoteada, cuspida; humilhada
Que a amargura é produto da dor
E que se reconheço o seu ser público como a dor decadente
É porque parte de mim possui essa dor
Louco! Você irá dizer
Chamamos de louco aquilo que não compreendemos, irei responder
Desejo ver você sendo contida pelos reprimidos
Desejo após as palavras, ver o seu choro
Ver sua dor ressurgir
Ver sua alma purificar
Para enfim, eu Gaza, uma lágrima derramar
E um leve sorriso esboçar.

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